A pista do aeroporto privado refletia as luzes da madrugada como um espelho molhado. O frio lá fora era cortante, mas dentro da aeronave, o clima era outro, abafado por luxúria, promessas silenciosas e o tipo de tensão que só um casal em chamas é capaz de sustentar por tanto tempo sem se devorar.
Giovanni ajudou Sophia a subir as escadas da aeronave com um toque possessivo na base das costas dela. Ela estava envolta em um sobretudo beje de lã italiana, mas ele sabia exatamente o que havia por baixo.. Ainda sentia o gosto de provocação no ar, ainda ouvia os sussurros dela no restaurante, ainda ardia pelo modo como ela havia mordido o lábio ao abrir as pernas sob a mesa.
O interior do jatinho era silencioso, refinado, com detalhes em couro e mogno. Sofás macios em tom creme se alinhavam às laterais, cortinas pesadas pendiam sobre as janelas, e uma bandeja de champanhe já os aguardava.
O piloto os saudou com um discreto “senhor e senhora Bianchi” antes de desaparecer atrás da porta da ca