Capítulo 31

Helena se sentia como uma equilibrista prestes a cair de um fio esticado entre dois mundos. Naquela noite, depois da conversa com Eduardo, ela saiu do hospital sem dizer uma palavra a ninguém. Precisava de silêncio. Precisava pensar.

As luzes da cidade passavam borradas enquanto ela dirigia sem destino. Os rostos de Rafael e Eduardo dançavam em sua mente como espectros — o primeiro carregado de mágoa e de um amor presente, vibrante; o segundo envolto em saudade, arrependimento e lembranças de um passado que parecia sempre pedir uma segunda chance.

Ela parou o carro perto de um parque vazio. Sentou-se em um dos bancos, envolta no casaco, e deixou o vento frio da madrugada tocar seu rosto. Foi então que as lágrimas vieram. Quietas, silenciosas. Doídas.

Não era só sobre Rafael ou Eduardo. Era sobre ela. Sobre quem ela era, sobre o que queria — ou melhor, o que precisava. E pela primeira vez em muito tempo, ela sentiu que, para se reencontrar, precisava parar
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