Desejei a morte de Long?
Sim. Desejei.
Queria matá-lo?
Sim. Muito.
Mas agora… não quero mais.
Long é louco, joga sujo, fez escolhas erradas… mas ele não deveria morrer.
Estou sendo estúpida por pensar assim?
Provavelmente sim.
Qual foi a última vez que eu o vi?
Quando estava nas mãos de Miller, ao qual ele também foi alvo.
Eu ainda tinha tanto para perguntar...
Por que ele me levou a fazer o aborto?
Por que ele escolheu não me deixar fugir?
Por que me manteve naquele lugar?
— Leo… — tentei encontrar as palavras certas, controlar a respiração, não me desmontar diante dele. — E se entregássemos ele às autoridades?
Essa é uma boa ideia…
Sem mais mortes.
Sem mais culpas.
A lei faria o seu papel, Long pagaria pelo que fez, e eu não carregaria esse peso.
Não me sentiria culpada.
Porque me sinto culpada?
— Meu amor… não é assim que funciona — respondeu, firme, mas com aquela suavidade que me acalmava, mesmo quando eu me sentia perdida.
Eu sabia como as coisas funcionavam. Só não aceitava.
—