Uma semana se passou.
E eu ainda me recuso a aceitar que tive que sair do paraíso... para voltar à minha realidade.
Eu e Leonardo embarcamos cedo, com destino a Nova York. Agora estou aqui, sentada em uma sala gigantesca, observando duas crianças brincarem no canto com suas babás, os risos delas ecoando como pequenos sinos pelo ambiente refinado.
Helena está sentada à minha frente, impecável em um vestido longo de seda verde-esmeralda, justo na cintura e com mangas de renda delicada. Seus cabelos estão presos em um coque baixo, algumas mechas soltas emolduram o rosto — e seus brincos discretos, mas elegantes, balançam conforme ela fala.
Ela sorri com tranquilidade e confiança enquanto conversa, mas minha cabeça está longe.
Assim que Alexander e Rodolfo chegarem, sairemos.
Para que eu possa conhecer minha mãe.
Eu realmente irei conhecer minha mãe?
Meu coração parece querer saltar pela boca toda vez que essa frase gira na minha mente, em um carrossel de lembranças distorcidas.