A tarde trouxe consigo a visita de Maíra e Mariana — o que só fez minha culpa aumentar.
Depois de alguns sermões, muitos abraços e uma fatia generosa de bolo, comecei a me sentir um pouco melhor.
Contei a elas tudo o que havia acontecido.
Falei sobre Bianca, sobre Miller, sobre o motivo da minha fuga impulsiva… e principalmente pelo alívio de saber que nem Miller, nem Takeshi colocaram as mãos em mim de novo.
— É inacreditável como alguns homens conseguem ser tão nojentos. — A voz de Maíra veio embargada, carregando uma dor que não precisava de explicações. — A monstruosidade quase sempre vem de onde menos esperamos. Foi por isso que sempre fiz de tudo para manter Mariana e Helena protegidas.
Mariana assentiu, erguendo o copo de suco. — Mas acabou. Você está aqui. E nunca mais faça isso de novo. Você foi muito descuidada, poderia ter morrido.
— Eu sei... — sussurrei. — Eu só queria consertar uma coisa... e acabei criando um problema ainda maior.
Mariana fez uma careta. — E quanto ao s