A pergunta dele ainda pairava no ar, mas a resposta já explodia dentro de mim como fogos de artifício.
Tentei conter as lágrimas, em vão. Elas caíram, como reflexo da alma que transbordava amor. Um amor tão intenso que doía.
Porque amar Leonardo era também sentir medo — medo de perdê-lo, medo de um dia acordar e ele não estar mais aqui.
Eu sabia, com todas as partes do meu corpo e do meu coração, que a única coisa capaz de tirá-lo de mim seria a morte. E mesmo ela teria que lutar.
— Eu aceito — sussurrei, sem hesitar.
Me joguei sobre ele, derrubando-o no tapete. Meu corpo encontrou o dele — quente, rígido sob o tecido leve do roupão.
Afundei o rosto em seu pescoço e inspirei seu cheiro sentindo que precisava dele para respirar. Seu corpo reagiu — um arrepio percorrendo a pele — e as mãos dele me envolveram com força, como se já soubessem que eu era dele. Só dele.
E eu era.
Ele beijou meus cabelos, e eu sorri entre lágrimas.
— Sem volta, viu? — murmurei, ainda ofegante, me sent