Meu corpo reage como uma arma carregada, vibrando com a ânsia proibida de fazê-la minha, mesmo sabendo que não deveria.
É errado. Muito errado.
Eu devia ser o escudo dela, não o predador em chamas de desejo. Não o homem disposto a arrastá-la de volta para o abismo, a fazê-la refém… fazê-la minha.
A imagem dela nua em meus braços, gritando meu nome, me atravessa como um disparo.
Enterrei a mão em seu cabelo, enlaçando-o com força e obrigando-a a inclinar a cabeça para trás.
Harumi geme quando minha língua toma a dela, exigente, voraz, como se já fosse minha desde o primeiro segundo. O perfume dela — mirra com pimenta rosa — me invade como veneno doce. Me domina. Apaga qualquer traço de razão.
Um tremor percorre meu corpo como corrente elétrica em brasa. Não entendo por que reajo assim. É perda total de controle: do desejo, do tempo, de mim mesmo.
Luto contra o impulso de rasgar esse vestido, de marcá-la com minha boca, de arrancar dela um grito com meu nome até que não res