Eu olhei calmamente para Gisele.
— Está bem, fala, eu estou ouvindo.
Bruno se levantou abruptamente diante de mim, como se tivesse uma faca pressionada contra suas costas. Ele praticamente se lançou para a frente, com a vontade de esmagar Gisele com uma única mão.
Eu imediatamente o segurei.
— Eu te prometo, se ela disser algo errado, te dou uma chance de explicar.
Bruno rosnou entre os dentes, ainda insatisfeito com a atitude de Gisele, e o encarou com um olhar ameaçador, sem dizer nada.
Eu me coloquei entre eles, levantando a mão para cobrir seus olhos, pressionando ele de volta contra a cadeira.
As suas longas pestanas tremeram levemente na minha palma, e ele, impotente, soltou um suspiro de desespero.
— Ana...
Aquela palavra partiu meu coração.
— Vamos esclarecer tudo hoje. Aproveite esta oportunidade para resolvermos as pendências. Eu não sei o que o futuro nos reserva, mas ficar parado só fará as coisas piorarem.
Na verdade, pelas constantes tentativas de Bruno de me impedir, eu