Capítulo 518
Bruno precisava de um tempo sozinho. Ao empurrar a porta do quarto, meu coração ainda não se aliviava da dor pesada que o tomava.

Estávamos separados por uma simples porta, mas ambos imersos em nossa própria tristeza.

Foi então que uma voz infantil interrompeu meus pensamentos. Sorri levemente, praticando o gesto algumas vezes antes de sair e espiar por cima do parapeito.

— Dayane.

A pequenina, com seus pezinhos, deixava marcas de cada passo que dava sobre o sofá, enquanto dona Rose ficava ao seu lado, ambas imersas numa alegria tranquila.

Ela não me ouviu chamar, perdida em seu próprio mundo. Foi dona Rose, ao levantar o olhar, que me lançou uma expressão preocupada.

— Eu a carrego para cima, vou chamar você.

— Deixe ela brincar, eu desço.

Enfrentando o olhar preocupado de dona Rose, abracei ela e nos sentamos juntas à frente do sofá.

— Dona Rose, obrigada. Se não fosse por você, Dayane não estaria se adaptando tão bem.

As palavras de Bruno pela manhã certamente não eram só uma fantas
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