Eu o observei com um sorriso.
— Tudo bem, tudo bem, eu acredito.
Os olhos de Bruno pareciam repentinamente ardentes.
A sua Ana não deveria ser assim.
A sua Ana deveria ser aquela que o esperava todos os dias, que só o olhava e não via mais ninguém.
Deveria se aproximar dele com cautela e timidez, provocando ele de maneira ardente e ousada. Mas não era isso que acontecia agora; ele sentia que a distância entre eles era como um abismo intransponível.
— Você disse que me daria uma chance, por que...
— Mudei de ideia. — baúa mala finalmente estava arrumada, e eu fechei o zíper, erguendo os olhos para ele. — Considere que estou apenas brincando.
Com alguém como ele, não havia necessidade de se apegar a aquelas promessas, mesmo que um dia ele tivesse levado a sério, aquilo não passava de um modo de se distrair.
— Você trata meus sentimentos como uma piada.
Ele soltou um sorriso, mas sua expressão estava fria. O punho ao seu lado se fechava e se abria repetidamente.
Passei por ele, e ao me