— Não!
Afastei-me dele e me agachei novamente para continuar arrumando as malas.
Senti um olhar ardente fixo em mim, e sob essa expressão inquisitiva, mal consegui levantar a cabeça.
Tinha medo de que, ao olhar para cima, revelasse ainda mais.
Eu havia combinado com Luz que, no futuro, ela me ajudaria a arranjar viagens a trabalho, aumentando gradativamente a duração, de um dia, para três, e assim por diante.
Queria que Bruno se acostumasse com os dias sem a minha presença.
Mas não seria com tanta frequência, pois temia que isso despertasse suas desconfianças.
Porém, ao voltar hoje e ouvir aquelas palavras, e ao ver Gisele e a Mansão à beira-mar, não queria ficar nem mais um segundo.
Nesse momento, se isso despertava suas desconfianças ou não era menos a minha preocupação. Eu só queria ir embora.
— Quando você vai? — Perguntou Bruno.
— Amanhã de manhã.
Ele me fez uma pergunta e eu respondi, como se fôssemos estranhos em perfeita sintonia, cada um com suas barreiras de proteção naq