Meu coração tremeu, e um dos meus braços, que eu havia levantado, passou pelas costas de Bruno, mas eu não sabia onde deveria colocá-lo.
Ele engasgou, a voz embargada:
— Você não pode morrer antes de mim.
Meus olhos se encheram de lágrimas, e também ficaram vermelhos.
Desde o divórcio com Bruno, eu sempre senti que minha última conexão com o mundo havia se rompido. Era como se eu fosse um balão cuja linha foi cortada, e o vento me levava para onde quisesse.
Segui Rui até a Cidade R, tentando acalmar meu coração inquieto e experimentar uma vida normal, mas, mesmo dedicando todo o meu tempo, passando os dias inteiros observando os peixes no aquário, eu ainda não sentia que aquele lugar era um lar.
Mas, neste momento, a extremidade daquela linha estava firmemente presa nas mãos do homem diante de mim.
Ele me fez sentir novamente conectada ao solo, com uma sensação de pertencimento.
O barulho das pessoas, o som das sirenes da polícia, tudo se tornou um pano de fundo silencioso. Eu nã