Do lado de fora da janela do carro, o fluxo incessante de veículos refletia o ritmo apressado da cidade. Luz soltava suspiros cada vez mais pesados.
— Eu não vou permitir que você se rebaixe a ponto de procurar aquele desgraçado. Se for necessário, podemos tentar entrar em contato com o Juan. Vocês, ao menos, foram colegas de classe, ele não recusaria ajudar você, certo?
Minha atenção se desviou da paisagem além da janela e se voltou para o rosto de Luz.
— Não vá atrás dele.
A expressão de Luz ficou complicada, e ela permaneceu em silêncio por um longo tempo antes de falar:
— Eu sei que o Juan te ajuda por consideração ao Rui, mas esse Rui... Também não dá para confiar! Já se passou mais de um mês, e ele sequer deu as caras!
Eu a lembrei suavemente:
— Eu e ele nunca tivemos nada.
Ao mencionar Rui, uma preocupação silenciosa crescia dentro de mim. Já fazia mais de um mês que ele não aparecia, e eu temia que sua liberdade estivesse sendo controlada pela própria família. E quem estaria po