Meu olhar caiu sobre a mala preta ao lado da perna dele.
— Você não disse que não iria embora?
Bruno, com suas longas pernas, caminhou até a beira da cama e tentou acariciar o topo da minha cabeça, mas virei de lado, evitando seu toque.
Sua mão ficou no ar, retraindo-se de forma constrangedora.
— Sim, vou voltar.
Suspirei por dentro, sem saber ao certo o que estava sentindo.
Bruno, esse homem, era realmente irritante.
Quando eu já estava pronta para deixá-lo partir, ele vinha com esse jogo de profunda afeição. E quando eu acreditava em suas mentiras, sem a menor defesa, ele anunciava sua partida.
— Faltam só esses dias?
— Sim, é urgente.
— Não dá para ficar?
— Tenho que voltar.
— Mas você disse que ficaria comigo por uma semana.
A paciência de Bruno desapareceu, e sua expressão ficou séria.
— Estou voltando para resolver algo relacionado a você. Seja sensata e entenda a importância das coisas. Eu te trago no futuro novamente.
Mas seu semblante não demonstrava