O dia na ilha com os pais de Lucas havia sido leve e cheio de risadas — passeio de barco, almoço com frutos do mar frescos, histórias da infância dele que deixavam Sofia morrendo de rir. Dona Clara e Roberto eram encantadores: ela falante e carinhosa, ele quieto mas com um humor seco que aparecia nos momentos certos. Quando o sol se pôs, os pais decidiram jantar cedo e se recolher no quarto de hóspedes, “pra deixar os jovens curtirem a noite”.
Sofia e Lucas trocaram olhares cúmplices. Assim que a casa ficou silenciosa, ele pegou a mão dela.
— Piscina. Agora. Só nós dois.
A piscina infinita refletia a lua cheia, a água iluminada por luzes submersas em tons de azul. O ar estava quente, cheirando a sal e jasmim do jardim. Sofia vestia um biquíni branco mínimo; Lucas só uma sunga preta que marcava tudo.
Ele pulou primeiro, emergindo com água escorrendo pelo peito.
— Vem, amor. A água tá perfeita.
Sofia entrou devagar pela escada, o corpo arrepiando com o contraste da água fresca. Lucas na