Na manhã seguinte ao “incidente” da chegada surpresa, a ilha acordava calma. Dona Clara havia arrastado Sofia para um passeio matinal pela praia — “pra gente se conhecer melhor, só nós duas” —, deixando Lucas e o pai sozinhos na varanda com café fresco, pão de queijo requentado e vista para o mar.
Enquanto Lucas e Roberto ficavam na varanda conversando sobre negócios, família e o futuro, Dona Clara levou Sofia para um passeio pela praia logo após o café da manhã. O sol ainda estava suave, a areia fresca sob os pés descalços, as ondas quebrando preguiçosas na beira.
Clara caminhava de braço dado com Sofia, o chapéu de palha protegendo o rosto, o vestido floral balançando ao vento. Ela era uma mulher bonita para a idade — pele cuidada, olhos vivos, sorriso fácil que lembrava o de Lucas.
— Desculpa de novo pelo susto de ontem, querida — começou Clara, rindo baixinho. — Eu sou assim mesmo: impulsiva. Quando o Lucas falou que ia trazer você pra ilha, eu não me aguentei. Faz anos que ele nã