— Odeio o fato de não conseguir me transformar na minha forma de loba como os outros. De certa forma, isso me faz sentir incompleta, como se estivesse faltando algo. Eu me sinto apenas... Uma mera humana. — Confessei a ele.
— Talvez exista uma maneira de recuperar sua loba? — Ele perguntou, mas balancei a cabeça, pois não havia nada que pudesse ser feito. Eu sabia disso, e já havia aceitado.
— Agora sou eu quem quero saber algo sobre você. — Disse. Havia tantas coisas que ele escondia, tantos segredos guardados... Se ao menos ele conseguisse se abrir. Mas, então, lembrei-me do que acontecera da última vez em que ele havia confiado em mim. Eu havia desperdiçado aquilo, usado contra ele. Será que um dia ele estaria disposto a se abrir novamente?
— O que você quer saber?
— Qualquer coisa. — Respondi.
— Isso é bem vago. — Ele retrucou. Eu não esperava que ele realmente dissesse algo íntimo, mas então ele começou.
— Você sempre quis saber por que eu nunca ajudei minha mãe, ou por que a deix