— O quê? — Exclamei. — Não, você não pode parar, eu não me importo...
— Você vai se importar. — Ele repetiu, aparentemente seguro de si.
— Você me disse que desenvolveu uma espécie de... vício em acônito. — Eu disse. — Você vai sofrer sem ele.
— Sim. Eu enfrentaria sintomas de abstinência, mas foi só depois deste incidente que percebi o quão imprudente e egoísta eu fui. Acônito é perigoso — arrisquei minha vida ao tomá-lo, mas fiz isso porque não me importava em viver uma vida longa. Eu vivia o momento e, naquele momento, era o que eu precisava fazer. Mas então você entrou na minha vida, e percebi que não posso mais ser imprudente. Não posso continuar vivendo o momento, não quando tenho um futuro com você. Eu sei a dor que você sentiria se... — Ele fez uma pausa, incapaz de terminar. — Eu não quero te deixar sozinha. Nunca. E por isso tenho que parar e deixar meu corpo se curar. Pode levar meses, até anos, mas vou aprender. E quando eu conseguir... talvez então, teremos a chance de