Liz chorava em silêncio agora, assustada, vulnerável, sem saber se era mais forte o medo, a dor ou a humilhação. — Sabe por quê? — ele finalizou, a voz grave, cortante como gelo. — Porque não há nada que eu despreze mais do que traição. E era exatamente isso que você planejava fazer comigo, não é? Silêncio. Só os soluços contidos de Liz e a respiração pesada dele preenchiam o espaço. Alexander soltou os ombros dela com um gesto brusco, como se o toque dela o queimasse. Liz caiu de joelhos, quebrada, sem forças, enquanto ele se afastava, impiedoso, envolto por sua fúria e pela dor que tentava esconder com crueldade. Liz permaneceu ajoelhada por alguns segundos, o peito arfando, o corpo tremendo. Mas não era só medo — era indignação. Dor. Raiva. E quando ergueu os olhos para Alexander, algo dentro dela havia mudado. Ela se levantou devagar, os olhos brilhando com fúria contida. — Se é isso que você pensa de mim… então me escute bem, Alexander. — Sua voz cortou o silêncio com
Ela tentou se soltar, o olhar em chamas. — Como eu fui burra… — sussurrou com amargura. — Me enganei completamente com você. É igual ou pior que o Lúcio. Sente prazer em me usar, em me humilhar… Alexander não piscou. — A diferença é que estou disposto a te dar tudo que ele nunca te deu — murmurou, os olhos fixos nos dela. — Uma vida de luxo. Segurança. E muito, muito prazer. Antes que ela pudesse retrucar, ele a beijou. Foi um beijo selvagem. Cru. Um beijo carregado de raiva, desejo e dor. Liz gemeu contra a boca dele, o corpo rígido, as mãos presas. Mas aos poucos, algo cedeu. Havia tanto ali — tanto que ela sentia, tanto que odiava sentir — que seus pensamentos começaram a ruir. Alexander percebeu. Suavizou o beijo, transformando a fúria em calor. Deixou que os lábios explorassem os dela com uma ternura quase insuportável, como se pedisse perdão sem palavras. Uma das mãos soltou os pulsos dela, a outra deslizou até o rosto, acariciando-o com inesperada delicadeza
Alexander a olhou por longos segundos. Seus olhos pareciam decifrá-la. Havia raiva, sim. Mas também desejo, orgulho e algo mais, mais profundo… mais perigoso.— E eu nunca forçaria isso. Nunca — respondeu ele, a voz rouca, carregada de tensão. — Mas admita, Liz… nós dois sabemos que, mesmo com raiva, você adora me sentir socando bem forte nessa sua bocetinha gostosa e apertada. E eu adoro enterrar meu pau todinho nela, ouvir seus gemidos implorando por mais.Com ódio, ela pegou o travesseiro e jogou nas costas dele quando ele se levantou e se virou para sair do quarto. Alexander apenas riu, com aquele sorriso torto e irritantemente irresistível, mas antes de sair ele lhe disse :— Se arrume e me espere no Terraço do andar de cima . — disse sobre o ombro. — Só vou tomar um banho no antigo quarto onde costumava ficar e nem pense em não ir.Liz socou o colchão com força, os olhos ardendo de frustração. Sentia o peito apertado, a garganta seca, como se estivesse presa em um pesadelo d
O jantar seguiu silencioso. O vinho tingia as taças, mas ninguém bebia. A comida esfriava nos pratos, ignorada. Liz sustentava o olhar de Alexander com a mesma intensidade com que ele a devorava com os olhos, como se um movimento errado pudesse romper a frágil corda que sustentava o controle entre os dois. — Você está brincando com fogo — ele murmurou, finalmente. — Talvez eu goste de me queimar — ela respondeu, saboreando o vinho devagar, sem tirar os olhos dele. Alexander riu, mas sem humor. Inclinou-se na cadeira, os cotovelos apoiados sobre a mesa, e os olhos escuros fixos nela. Havia algo ali. Algo mais que desejo. Um conflito silencioso rugia dentro dele. Liz sentiu. — Você não sabe o que está fazendo, Liz. — Eu sei exatamente o que estou fazendo. Só que você não está acostumado com mulheres que não tremem diante da sua presença. Ele bufou, o maxilar tenso. Depois de alguns segundos, murmurou, como quem deixava escapar algo que tentava esconder: — Ela também era as
Sem aviso, Alexander girou sobre os calcanhares e com um gesto violento, derrubou tudo da mesa: taças, pratos, talheres, tudo foi ao chão com um estrondo que fez Liz prender a respiração. O som do vidro quebrando ecoou pela sala como um trovão. E então ele voltou. Num só movimento, passou o braço pela cintura dela, ergueu-a do chão e a sentou sobre a mesa agora vazia, entre os cacos, entre o caos. Seu corpo ficou entre as pernas dela, prendendo-a com um domínio total, uma presença imponente. Seu rosto estava próximo demais, os olhos queimando de desejo e controle. — Eu jurei a mim mesmo que depois de tudo que descobri ,Liz ,nunca mais tocaria em você — disse ele, entre dentes. — Mas você me provoca de um jeito que nenhum homem conseguiria ignorar e não me refiro ao fato de está vestida assim dessa forma tão provocante ,porque podia está vestida com uma burca e eu ainda estaria com a mesmo vontade de te foder com força como estou agora. Ele segurou firmemente suas coxas, abrindo-
Liz tentava desesperadamente manter o controle, mas era inútil. O corpo tremia, os músculos contraíam-se involuntariamente, e cada estocada de Alexander a levava mais fundo num abismo de prazer proibido. Ele a possuía com força e precisão, como se quisesse marcar cada parte dela, como se a mesa fosse um altar e ela, seu sacrifício. As mãos dele seguravam sua cintura com domínio absoluto, puxando-a a cada investida. Os gemidos abafados pela boca fechada de Liz, no entanto, escapavam em suspiros trêmulos, arfantes. Ela odiava o quanto aquilo a fazia delirar. O quanto ele a conhecia. O quanto o corpo dela se curvava à vontade dele como se tivesse sido moldado para isso. Alexander alternava entre lamber e sugar os mamilos dela, com a boca quente, a língua habilidosa, os dentes provocantes. Ele fazia com que cada parte do corpo dela se sentisse desejada, explorada, venerada. — Goza para mim... — ele sussurrou com um sorriso torto, os olhos famintos. — Está quase lá, não está? Liz apert
Os olhos dele percorreram o corpo dela com descarada intenção, antes de ele desaparecer pelo corredor. Liz ficou ali, imóvel. O coração batia descompassado, as pernas ainda trêmulas, a mente um turbilhão. Ele ia pensar. Isso era mais do que esperava. Mas... acompanhar ele no banho? Era isso que ele fazia com ela. Bagunçava tudo. O corpo, a cabeça, o coração. E o pior? Ela queria ir. Liz permaneceu imóvel por alguns segundos após ele sair, os olhos fixos na porta por onde Alexander havia desaparecido. O convite ainda ecoava em sua mente, envolto naquele maldito charme dele, naquela voz rouca que a fazia estremecer até quando queria odiá-lo. Ela fechou os olhos por um instante e respirou fundo. Precisava se recompor. Não podia continuar se deixando levar por cada provocação, por cada toque, por cada sorriso. Já tinha se entregado demais. Ele podia até estar disposto a pensar sobre tudo que ela disse, mas ainda a via como algo passageiro. Um prazer conveniente. Endireitou os omb
A luz da manhã atravessava as janelas da casa como se ignorasse a tensão que pairava nos cômodos. Alexander estava sozinho no escritório, imóvel diante do computador. Os olhos fixos na tela não piscavam. O rosto permanecia sério, mas a mandíbula rígida denunciava a fúria silenciosa e, mais ainda, o início de algo que ele não estava acostumado a sentir: remorso. O silêncio era absoluto, interrompido apenas pelo som do arquivo encerrando. Ele permaneceu sentado, sem tocar em nada por um longo tempo. O que vira e ouvira era suficiente para desmontar todo o castelo de certezas que ele havia erguido nos últimos dias. Liz não era a mulher dissimulada que ele pensara. Não era interesseira, nem traiçoeira. Ao contrário. Ela havia sido clara, firme, corajosa — diante de provocações sórdidas e de um passado que claramente a feria. Não houve vacilo na postura dela, nem hesitação nas palavras. Diante de Tamara, ela se manteve altiva, recusando ser diminuída. E diante de Lúcio... Alexander c