Alexander hesitou por um instante diante da porta entreaberta. Seus olhos se demoraram no rosto de Liz, como se procurasse algo que lhe desse esperança, alguma rachadura em sua frieza que lhe permitisse acreditar que ainda havia um caminho de volta.
Mas Liz estava firme, inabalável, mesmo que por dentro estivesse em ruínas.
Sem dizer mais nada, ele deu o passo que faltava e atravessou a porta. Ela o fechou com calma logo em seguida, sem olhar para trás. Sem dar tempo para arrependimentos.
O silêncio que ficou foi mais ensurdecedor que qualquer grito.
Ela encostou a testa na madeira da porta, os olhos fechados, respirando fundo. Lá fora, os passos dele ecoaram pelo corredor, abafados, distantes, até desaparecerem completamente. E, com eles, algo dentro dela também se partia — de novo.
Liz girou a chave na fechadura e apoiou as costas na porta. Só então permitiu que seu corpo relaxasse. As pernas tremiam, como se todo o controle que mantivera diante dele tivesse drenado suas f