Laís
Os dias que antecederam o evento foram uma maratona. A ONG parecia um formigueiro: mesas cobertas de cartazes, relatórios, mudas de plantas em caixas coloridas. Gabriela organizava dinâmicas para crianças, Rafaela testava receitas de sucos naturais para o estande, Lucas calibrava câmeras e Breno, claro, aparecia com um megafone e uma fantasia improvisada de árvore. — Se der errado, eu viro mascote oficial. — disse, arrancando gargalhadas. Nanda circulava séria, mas com um brilho nos olhos: sabia que estávamos diante de um momento decisivo.
Apesar do clima animado, todos sentiam o peso. Cada detalhe era revisado três vezes. Nanda repetia como mantra: — Não esqueçam, somos raiz, não vitrine. Holofote é só luz. A força está no que cresce sob a terra.
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Eduardo
No dia do evento, o auditório municipal estava lotado. Banners da prefeitura cobriam as paredes, jornalistas circulavam, flashes piscavam. Professores, empresários e autoridades se misturavam no saguão. Caminhei ao lado de L