O domingo amanheceu silencioso, como se a própria cidade respeitasse a calmaria que envolvia Eduardo e Laís. Eles dormiam ainda entrelaçados, a luz suave filtrando-se pela cortina entreaberta. A noite anterior parecia ter sido um sonho — mas o anel no dedo de Laís era real, assim como a promessa.
Ela acordou primeiro, sentindo a respiração dele no pescoço. Sorriu, beijou a testa de Eduardo e levantou-se devagar, vestindo uma camisa dele antes de ir até a cozinha. Preparou café, esquentou pão de queijo, e colocou flores num pequeno vaso da mesa. Tudo era simples, mas carregado de um carinho íntimo.
— Você parece pronta pra casar só com esse café — disse Eduardo, encostando na porta, os olhos ainda sonolentos e o cabelo bagunçado.
— E você parece pronto pra me roubar o fôlego de novo — respondeu ela, provocante.
Riram. Mas havia algo no ar. Uma vibração leve, porém inquieta. O celular de Eduardo apitou algumas vezes, notificações que ele ignorou no início. Mas ao checar os e-ma