O dia havia sido intenso, cheio de papéis, números e questões burocráticas. Felizmente, a Laura estava lá comigo, o que tornava tudo menos exaustivo. Ela tinha aquele jeito calmo de lidar com as coisas, ajudando a organizar relatórios, fazendo observações que, mesmo simples, revelavam um olhar atento. E, de quebra, me fazia rir vez ou outra, mesmo em meio ao caos de balanços e previsões.
Quando voltamos para casa no fim do dia, tomamos um banho rápido e descemos para jantar com minha mãe e a Bianca. Eu estava exausto e já contando os minutos para poder me jogar na cama. A mesa estava posta com perfeição — como sempre — e o aroma do risoto que a cozinheira preparara preenchia o ambiente com uma promessa de conforto.
— Como foram as coisas lá, filho? — minha mãe perguntou entre uma garfada e outra. — Não consegui ir te acompanhar hoje, estava resolvendo uma pendência no banco, mas amanhã pretendo ir.
— Tem muita coisa pra ser alinhada ainda, mãe. Provavelmente vamos ter que trocar o