Cravando os dentes no antebraço, um pouco abaixo do curativo, ela mordia Enrico com toda força.
— Não! — Aguentando a dor, continuou segurando em seus pulsos. — Acalme-se! — vociferou.
Enrico a manteve naquela posição por quase três minutos. Podia sentir o hálito quente de Lívia entre as respirações aceleradas, aquela era a única mulher que o enfrentava sem qualquer represália.
Aos poucos, Lívia pareceu se acalmar sob os olhos de Enrico, que acordou as mãos, permitindo que ela baixasse os braços. Ele acariciou o rosto macio e afagou-lhe os cabelos.
No ímpeto, tentou beijá-la, mas a dor lancinante o fez se encolher. Lívia havia desferido uma joelhada entre as pernas de Enrico, tomou impulso e usou os pés para jogá-lo para fora da cama.
Enrico foi ao chão, contorcendo-se de dor enquanto Lívia corria para fora do quarto.
Desesperada, ela desceu as escadas, pegou o cachorrinho no colo e correu para a porta. Deu de cara com um dos seguranças.
— Posso ajudá-la, senhorita?
— Vou levar