Ao final da cirurgia, Lívia sentou-se na sala de descanso, bebericava o café enquanto pressupunha que, a qualquer minuto, Enrico abriria aquela porta e seu descanso terminaria, mas ele não apareceu. Já estava tão acostumada com o seu stalker que o sumiço repentino do mafioso causou estranheza para ela.
Acomodou-se na poltrona de estofado branco, os olhos passavam do relógio para a porta algumas vezes. Ouviu o destravar da maçaneta e sentiu o coração acelerar, mas o ritmo suavizou quando viu que era apenas uma das enfermeiras:
— Oi, doutora!
— Olá! — Lívia ajeitou a coluna no encosto da poltrona.
Lívia fitou a mulher, que foi até o balcão no canto da parede, onde pegou a jarra da cafeteira.
— Viu o Enrico?
— O seu paciente bonitão?
Deu um sorriso contido, estranhamente, precisou conter a vontade de contar que aquele bonitão era o seu marido.
— Sabe onde ele está?
— Vi ele saindo, doutora! — Despejou o café na xícara.
"Será que aconteceu alguma coisa?". Ela se levantou, " Por que el