A testa estava encostada contra a de Lívia, ambos estavam ofegantes depois do beijo apaixonado. Era tão bom aconchegar-se e encontrar abrigo nos braços fortes daquele homem que, por um momento, Lívia indagou a si mesma porque tinha confiado no amigo e fugido.
A palma da mão passeou por seu rosto enxugando suas lágrimas. Ela lembrava tanto a sua mãe que Enrico não tinha coragem de matá-la.
Naquele instante era tudo ou nada, Enrico tinha que tomar uma decisão ou o seu tio não teria ressalvas em usar de meios cruéis para torturá-la até a morte.
— Espere aqui!
— Por favor, não me deixe! Você prometeu que me protegeria.
— Não dá para te levar agora. — Ele sussurrou ao olhar para trás. — O meu tio já deve ter avisado aos homens que estão de guarda..
— Eles são leais a você!
— Não, eles são os subordinados do meu tio! Don Bianchi é o capo e ainda manda nesse clã.
Enrico colocou o indicador na frente de seus lábios, silenciando-a. A audição aguçada se atentou para os barulho de passos que vi