A manhã nasceu com a leveza de um suspiro. Os Alpes suíços emolduravam a paisagem pela janela do chalé, mas o que Lorenzo não conseguia desviar o olhar era o corpo pequeno e aconchegado ao seu lado. Isadora dormia com uma expressão tranquila, os lábios entreabertos, a respiração ritmada. Pela primeira vez, ele não sentia vontade de levantar da cama para se esconder atrás das paredes do controle. Pela primeira vez, ele apenas queria ficar.
Mas era Lorenzo. E Lorenzo não ficava.
Ou, pelo menos, não antes dela.
— Ela está me mudando. — ele sussurrou para si mesmo, tocando de leve os fios soltos de cabelo que caiam sobre o rosto dela.
Mais tarde, cozinharam juntos como se o mundo tivesse desacelerado. Riram, trocaram provocações leves, e Isadora encheu a ponta do nariz dele com farinha. Lorenzo fingiu indignação e a segurou pela cintura, girando-a com facilidade.
— Vai se arrepender, coelhinha.
— Me arrepender do quê? De te fazer sorrir? — ela devolveu com um olhar brincalhão, o rosto rub