O dia amanheceu frio, com os Alpes suíços ainda cobertos por um manto branco e silencioso. A lareira do chalé crepitava suavemente, espalhando um calor acolhedor que contrastava com o turbilhão dentro de Isadora. Ela estava acordada havia algum tempo, deitada ao lado de Lorenzo, observando seu rosto sereno sob a luz tênue da manhã. Pela primeira vez desde que tudo começou, ela sentia que não havia mais para onde correr.
Decidiu, ali naquela cama, que não fugiria mais. Não fugiria do que sentia. Nem dele.
Ela saiu devagar dos lençóis, colocou um dos suéteres dele por cima da camisola de seda e seguiu para a cozinha do chalé. Preparou café, cortou frutas, assou pães e até aqueceu o leite como ele gostava. Fez tudo sem pensar, ou melhor, pensando apenas nele. Quando terminou, colocou a mesa com capricho e olhou para a porta do quarto.
Era como se aquela decisão tivesse desatado um nó dentro dela. Pela primeira vez, não havia guerra. Apenas entrega.
Lorenzo apareceu pouco depois, de calça