Isadora despertou sem pressa, o corpo coberto por lençóis desfeitos e o peito apertado por uma estranha inquietação. Não era apenas o toque dele que ainda a assombrava... era a sensação de ter cruzado uma linha da qual não haveria volta.
Virou-se devagar na cama. O lado ao seu lado estava vazio. O travesseiro ainda quente.
Mas não havia alívio naquela ausência. Era como se Lorenzo tivesse deixado mais do que marcas em sua pele, havia deixado rastros nas suas certezas.
Ela fechou os olhos por alguns segundos, buscando organizar os pensamentos, mas tudo que vinha eram flashes: os dedos dele na sua cintura, os olhos verdes cravados nos dela enquanto invadia seus limites com naturalidade selvagem... e aquele sussurro:
— “Agora você sabe como é ser minha.”
O coração bateu forte.
— “Foi só sexo.” — repetiu para si mesma, como um mantra de autopreservação. — “Só... sexo.”
Mas a mentira se quebrou fácil. Porque nunca tinha sido tão bom, tão intenso, tão... real. Não foi só prazer, foi entrega