O calor de Lorenzo ainda marcava sua pele como brasas sob a epiderme. Isadora acordou tarde naquele sábado, mas não por preguiça. Era exaustão emocional. O corpo estava leve, relaxado. A mente… um vendaval.
Virou-se na cama, sozinha. Lorenzo já havia saído, como se a tivesse deixado ali propositalmente para refletir.
— “Foi só sexo.” — disse ela. Mas até suas células sabiam que era mentira. E ele também sabia. Era esse o problema.
Quando entrou na cozinha para tomar café, encontrou a mesa posta. Uma torrada com queijo derretido, café quente e frutas cortadas com perfeição. O toque dele em tudo. Franziu o cenho, desconfiada. Isso era novo. Era perigoso.
Pegou o café e subiu direto para o escritório improvisado. Sentia-se despida demais para encarar Lorenzo ainda. Mas o destino parecia determinado a prendê-la naquele redemoinho.
— Fugindo de novo? — ele perguntou da porta, os braços cruzados, o olhar fixo nela como se despisse cada camada invisível.
Ela fingiu não se abalar.
— Estou tr