Estávamos muito próximos. Aquilo fez com que as batidas do meu coração acelerassem. Eu pude o sentir bem perto e o calor de seu corpo me invadia, trazendo memórias passadas que eu protestava para esquecer.
Mas era em vão.
— Augusto! - Chamei com um timbre baixo o escutando respirar fundo. Não era pelo que ele estava fazendo e sim pela forma em que pronunciei o nome dele. Ele também tinha memórias vivas sobre nós, mas estava tentando as esconder, sendo profissional.
— Se você parar de se mexer, vai ser mais rápido - Murmurou ele com a voz carregada de calma.
Augusto estava tão perto e com os dedos trabalhando com cuidado para soltar meu cabelo. Sua respiração tocava levemente meu rosto e por um momento, meu coração parecia querer sair do peito.
— Ainda usa o mesmo perfume... - Disse ele com um tom aveludado, quebrando o silêncio — Aquele que eu te dei.
Minhas mãos se fecharam em punhos sobre a mesa, enquanto eu tentava controlar a onda de sensações que me atravessava.
— Não sabi