Lúcia Mendes
Eu não disse uma palavra.
Desde que saímos da sala de reunião até o elevador, caminhei com os passos mais firmes que consegui reunir. Por dentro, tudo em mim era um vendaval. Ainda não sabia como reagir ao que tinha visto... ou ao que tinha sentido.
Nate tentou abrir a porta do carro pra mim, como sempre. Mas eu simplesmente o ignorei. Entrei sozinha, silenciosa, cruzei as pernas com a mesma elegância que usava pra esconder o caos interno e apoiei a bolsa no colo. A sacola com os sapatos ficou no assoalho, esquecida.
Tentei ignorar as bufadas pesadas dele. E o ranger dos dentes que não disfarçava nem um pouco a fúria que ainda emanava feito fumaç