Nate Donovan
A avenida abriu como um corredor de ar frio, e eu soube que tínhamos passado a primeira porta do inferno. O rádio interno chiou três vezes, o código de rota limpa até o ponto de troca. Eu olhei pelo retrovisor: Lúcia abraçava a Eliza por cima do cinto, o urso espremido entre as duas; o Samuel dormia com a touca cinza. Era disso que eu lembraria se o mundo resolvesse acabar hoje.
“Ponto um em dois minutos”, avisou o segurança. “Moto mantém distância. Sem luz.”
“Certo”, respondi. “Sem paradas desnecessárias. Qualquer coisa, Plano C.”
O celular vibrou na palma com a intensidade de um soco. Tereza: &ldquo