David Jones
A casa estava silenciosa quando apaguei a luz da sala. O beijo ainda queimava na minha boca, mesmo que tivesse sido calmo, lento, cheio de cura em vez de desejo. Eu não queria estragar aquilo, nem correr. Mas também não queria que ela subisse sozinha, carregando o peso de tudo.
“Vem,” falei baixinho, tocando de leve a mão dela. “Eu te levo até o quarto.”
Moira hesitou, mas deixou que eu a guiasse pelo corredor. Subimos a escada devagar, como se cada degrau fosse uma escolha. No corredor, ela parou em frente à porta, respirou fundo e abriu. O quarto estava arrumado, cama feita, como se esperasse alguém que não tinha coragem de deitar.
Entrei atrás dela. “Pronto. Agora você pode descansar um pouco.”