Nathaniel Donovan
O carro deslizava pela estrada, mas minha mente não se desligava da noite anterior.
A noite de núpcias improvisada tinha sido fogo puro, uma explosão de tudo o que eu sentia por Lúcia. E agora, no silêncio cúmplice da manhã seguinte, eu ainda sentia o calor dela nos meus braços, o gosto da pele, o olhar que me desmontava.
Minha mão estava apoiada sobre a coxa dela enquanto dirigia, e a cada vez que o tecido do vestido subia um pouco, eu precisava lembrar a mim mesmo que ainda tínhamos alguns quilômetros até chegar em casa.
“Você devia olhar pra estrada, não pra mim”, ela murmurou, virando o rosto para a janela, mas eu vi o rubor no pescoço.
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