O domingo chegou sereno, com o céu limpo e uma brisa suave que passava entre as janelas de Clara. Ela despertou devagar, abraçada ao travesseiro como se ainda carregasse o livro da noite anterior entre os braços. Por alguns minutos, permaneceu ali, de olhos fechados, revivendo mentalmente a conversa com Amanda, as risadas trocadas, a sensação de ter voltado a um tempo mais leve da vida.
O nome de Augusto ainda pulsava em sua mente, mas agora sem a inquietação do início. Havia uma doçura nova nesse pensar. Um calor sutil no peito.
Levantou-se devagar, preparando um café fresco que perfumou toda a casa. O cheiro a fez sorrir. Era domingo, afinal — dia de desacelerar, de observar o mundo com mais calma.
Enquanto saboreava a bebida quente, lembrou-se de uma feirinha literária que aconteceria no centro de Valmor. Era um evento pequeno, mas charmoso, com bancas de livros usados, autores locais e barracas de café artesanal. O tipo de lugar que sempre a fazia sentir que o mundo ainda vali