A manhã de segunda-feira chegou trazendo consigo o barulho inconfundível da cidade acordando. Clara despertou com o som do despertador insistente e um leve sorriso no rosto. As lembranças do domingo ao lado de Augusto ainda estavam frescas em sua mente. O parque, as conversas, os olhares... tudo parecia ter saído de um filme romântico. Mas agora era hora de voltar à realidade: trabalho, planilhas e relatórios.
Depois de um banho morno e um café apressado, Clara se arrumou e desceu as escadas do prédio rumo ao ponto de ônibus. O vento da manhã ainda carregava o frescor da noite anterior, e enquanto esperava, ela olhava para o céu entreaberto, como se procurasse lá a resposta para os sentimentos novos que começavam a florescer.
O ônibus chegou cheio, como de costume. Clara encontrou um lugar ao fundo, próximo à janela, e se acomodou com os fones de ouvido. A música ajudava a distrair a mente, mas era impossível não pensar em Augusto. As palavras dele ecoavam em sua memória: "Você me f