Clara passou os próximos dias imersa em seus próprios pensamentos, uma constante luta interna entre o desejo de seguir em frente com Gabriel e o medo de se entregar novamente. Cada vez que olhava para ele, via não só o homem que a fazia sorrir, mas também as falhas que os haviam levado a se separar no passado. A dúvida era como uma sombra que nunca a deixava, e, enquanto isso, a vida seguia, como um rio que corre sem parar.
Na manhã de terça-feira, Clara se encontrou em seu apartamento, olhando pela janela da sala de estar. O céu estava cinza e nublado, e a cidade parecia ter entrado em um ritmo mais lento, talvez antecipando a chuva. Clara observava o movimento das pessoas lá embaixo: algumas caminhando apressadas, outras se refugiando sob guarda-chuvas, algumas perdidas em seus próprios mundos. Ela sentiu que havia algo em comum entre ela e aquelas pessoas — todos estavam lidando com suas próprias batalhas, mesmo que silenciosas.
O telefone de Clara vibrou novamente. Ela não prec