O vento ainda soprava com intensidade quando Clara voltou para casa, com as palavras do homem desconhecido reverberando em sua mente. A sensação de alívio, ainda que temporária, estava latente. Ele tinha razão: ela não estava sozinha e, acima de tudo, não precisava continuar sendo refém das escolhas feitas por outros, mesmo que fosse algo tão complexo como um casamento forçado.
Ao entrar em casa, o ambiente estava tranquilo, mas Clara sentia que a pressão de sua decisão estava apenas começando a se intensificar. As paredes da casa pareciam ter se estreitado ao redor dela, como se a casa soubesse que sua escolha estava prestes a mudar tudo. Ela subiu para o seu quarto e olhou pela janela, sentindo os primeiros raios do sol da tarde aquecerem seu rosto. Sua mente ainda estava turva, mas o que ela sabia era que não podia mais continuar nesse impasse.
Gabriel, o noivo, ainda não estava em casa. Ele tinha uma reunião com investidores, e Clara sabia que ele estaria ausente por algumas hor