~ CHRISTIAN ~
Desliguei o telefone e o coloquei na mesa com mais força do que pretendia. Passei a mão pelo rosto, sentindo o cansaço das últimas horas pesando em cada músculo.
Estávamos no nosso apartamento em São Paulo. Tínhamos vindo para cá assim que soubemos do nascimento de Aurora, querendo estar perto de Marco e Maitê. Agora, olhando pela janela para as luzes da cidade, me arrependi de não ter insistido para ficarmos no hospital com eles.
Zoey estava ao meu lado imediatamente, sua presença reconfortante mesmo no meio de todo esse caos.
— E então? — ela perguntou, sua voz baixa mas ansiosa. — Conseguiu algo?
Olhei para ela — minha esposa, a mãe do meu filho, a pessoa que sempre me mantinha ancorado quando tudo ameaçava desmoronar.
— A polícia italiana está nisso — respondi, tentando manter minha voz firme e profissional, mesmo sentindo o nó de preocupação no estômago. — Interpol também. Aurora é cidadã italiana, então o consulado está pressionando. E o melhor... eles estão trabal