~ MAITÊ ~
Vivianne me empurrou para dentro de um carro — um sedan escuro estacionado atrás do galpão — e entrou no banco do motorista. Deu a partida e saiu em alta velocidade, os pneus cantando no asfalto.
Fiquei sentada no banco do passageiro, completamente entorpecida. Não chorei. Não gritei. Apenas olhei pela janela enquanto a paisagem passava, cada vez mais escura, cada vez mais isolada.
Ela dirigiu por cerca de quinze minutos, afastando-nos ainda mais da cidade, entrando em estradas de terra, passando por áreas completamente desertas.
E então entendi. O endereço que Vivianne tinha mandado. Nunca foi o destino final. Foi uma armadilha. Um teste. Se eu viesse acompanhada — e vim — eles se livrariam da companhia antes. Exatamente como fizeram.
Marco. Deus, Marco.
A dor ameaçou me consumir novamente, mas forcei para baixo. Não podia pensar nele agora. Não podia me deixar quebrar. Ainda não. Aurora precisava de mim. Precisava que eu fosse forte.
O carro finalmente parou em frente a um