96. Um Teste Para Minha Sanidade
Acordo lentamente, como se estivesse emergindo de um sonho delicioso do qual não quero sair.
A noite foi… perfeita. O jantar, a conversa sem pressa, o vinho, as risadas…
E depois, quando chegamos em casa… foi íntimo. Intenso. Nosso. Sem preocupações com barulhos, sem medo de interrupções, sem pressa.
Só nós dois, finalmente no nosso tempo.
Meu corpo está deliciosamente exausto, mas minha mente… minha mente está tão tranquila que, se eu tentasse, talvez até encontrasse a cura para alguma doença incurável.
É essa a sensação de finalmente estar onde pertenço.
Me viro devagar, só para admirar o homem ao meu lado. Ettore dorme tranquilo, o rosto relaxado, os cabelos bagunçados caindo sobre a testa.
Uma das mãos repousa no meu quadril, como se, mesmo dormindo, ele quisesse ter certeza de que eu não vou fugir.
Não resisto. Com a ponta do dedo, traço devagar a linha do maxilar dele.
— Bom dia, piccola — ele murmura, sem abrir os olhos, mas entrelaçando nossos dedos.
— Pe