245. Completamente Insana
Meu coração bate tão forte que, por um instante, tenho certeza de que eles vão me encontrar só pelo barulho.
Respiro fundo, tentando controlar o pânico, enfio a arma entre os seios o mais fundo que consigo e pressiono o telefone contra a orelha.
— Consegui localizar você — a voz de Lorenzo me traz um alívio imediato, mas frágil. — Estamos a dez minutos de distância. Ragazza, me escute: você precisa ficar escondida até lá, entendeu?
— Entendi — sussurro, me encolhendo ainda mais atrás das caixas. — Eu estou com…
As vozes chegam antes que eu termine a frase. Rápidas, nervosas, percorrendo o galpão.
— Aurora? — Lorenzo percebe minha pausa. — O que está acontecendo?
— Tem mais gente aqui — murmuro quase sem som. — Estou ouvindo passos lá fora.
— Merda. Onde exatamente?
— No fundo do galpão, atrás de umas caixas — respondo, tentando ficar invisível. — Lorenzo, se eles me acharem…
— Não vão achar — ele corta, firme, autoritário. — Oito minutos, ragazza. Só mais oito minutos.
As vozes se apr