“Lorenzo Villani”

No instante em que vejo o carro que estamos seguindo sair da estrada e se chocar contra a árvore, meu mundo simplesmente congela.

— PARA! — grito para Tiziano. — PARA, PORRA!

O som do impacto ainda ecoa na minha cabeça: metal retorcendo, vidro se estilhaçando… e depois, o silêncio mortal.

— Lorenzo, cuidado com… — Tiziano tenta falar, mas não espero. Salto do veículo antes mesmo dele parar.

Corro até os destroços com o coração martelando no peito, tão forte que mal consigo respirar.

A fumaça sai do motor, o cheiro de gasolina enche o ar. A qualquer momento, tudo pode explodir, mas não me importo.

Tudo que importa é ela.

— AURORA! — grito, tentando abrir a porta do passageiro. — AURORA!

Ela está imóvel, com a cabeça tombada para o lado, sangue escorrendo pela testa e os pulsos totalmente vermelhos.

O medo me paralisa por um segundo: será que cheguei tarde?

— Tiziano, me ajuda! — grito, puxando a porta amassada com toda força.

— Está travada! — ele berra, puxando junto