127. A Prova Nas Mãos
Quando finalmente saio da casa dos meus pais, sinto como se tivesse corrido uma maratona.
Cada músculo do meu corpo está tenso, minha cabeça lateja e há um peso no peito que não sei como descrever.
Entro no carro e fico alguns minutos apenas respirando, tentando processar tudo o que acabei de descobrir.
Meu pai e Chiara.
Chiara e meu pai.
Isso seria inacreditável, se eu não tivesse a prova disso nas mãos.
Pego o celular e decido enviar uma mensagem para Ettore. Do jeito que estou, é quase impossível voltar ao trabalho hoje.
“Amore mio, acabei de sair da casa dos meus pais. Vou para casa, ok? Não estou me sentindo muito bem.”
Envio a mensagem e deixo o celular de lado, finalmente dando partida.
Alguns minutos depois, dirigindo com a cabeça em looping na conversa com meu pai, chego em casa.
Assim que entro no quarto, praticamente me jogo na cama e fecho os olhos, tentando fazer o mundo parar de girar.
Não sei quanto tempo fico assim, mas sou despertada pelo barul