126. Um Infeliz Acaso Do Destino
O silêncio no escritório é ensurdecedor. Meu pai continua parado na porta, olhando para a foto nas minhas mãos como se fosse uma bomba prestes a explodir.
— Pai? — insisto, quando ele não responde. — Por que você tem uma foto com a Chiara?
Ele fecha a porta atrás de si com mais força do que o necessário.
— Largue isso agora — ordena, a voz fria. — E me explique o que está fazendo aqui, fuçando nas minhas coisas.
— Responda à minha pergunta primeiro — rebato, apertando a foto na mão.
— Não tenho que responder nada — ele diz, se aproximando. — Esta é a minha casa, meu escritório, e você não tem o direito de…
— Tenho o direito de saber se meu pai teve um caso com a mãe do meu marido! — exclamo, levantando a foto. — Isso explicaria muita coisa! Por favor, me explique o que isso significa.
Meu pai para na minha frente, me encarando com a expressão que conheço bem. A mesma que eu via sempre que insistia em algo que não devia.
A mesma que me faria recuar… se eu ainda tivesse medo das consequ