215. A Cruel Verdade Que Prometeu
O restaurante que Lorenzo escolheu fica no centro histórico de Messina, um lugar elegante com vista para o mar.
Mesmo assim, ele continua tenso, verificando constantemente o ambiente, os clientes, as saídas. Sempre… alerta.
— Você está bem? — pergunto, já incomodada com o silêncio.
— Sim, estou — responde, mas sua mão está apoiada na mesa de um jeito que me permite ver a arma no coldre sob o paletó.
Ele está armado. Em um jantar romântico.
— Lorenzo, estamos aqui há dez minutos e você ainda não falou nada sobre… a verdade que prometeu.
Ele suspira, colocando a taça de vinho sobre a mesa.
— Quer que eu comece por onde? — pergunta, se inclinando para frente.
— Que tal… sua família? Seus negócios?
— Minha família… nossos negócios não são apenas legais, ragazza — diz finalmente, olhando ao redor antes de continuar. — Os Villani controlam território na Sicília há gerações. Somos… uma família tradicional.
— Que tipo de família tradicional?
— Aurora, você já ouviu falar da máfia s