Chelsea Jones, é uma linda moça de 21 anos, que perdeu seus pais para COVID-19 (no período da pandemia). Assumiu todas as dívidas deixadas por eles e o financiamento da casa. Ela estava cansada de anular o seu sonho na área da medicina; mas porventura, consegue passar em primeiro lugar na universidade de Nova Iorque. Após a pandemia, um projeto é desenvolvido na universidade, por Thomas Hofstadter; o intuito dele é de acabar com a desigualdade social e reconstruir um novo cenário através da educação. Thomas Hofstadter, um grande empresário, e líder da empresa Hathcock. Sendo o líder da renomada família Hofstadter e o principal acionista da empresa. Na qual desenvolve avançadas tecnologias de armas, liberando equipamentos para o governo dos Estados Unidos. Ele é um CEO considerado pela Forbes, como um dos homens mais ricos do país. Frequentemente, libera verbas para estudantes de classe baixa e possui diversas ONG. E isso certamente causa um certo desconforto em seu sobrinho. Enzo Hofstadter, um inconsequente que sempre aparece na mídia, com posicionamentos problemáticos. O playboy olhava Chelsea diferenciadamente na universidade, assumindo um relacionamento com ela. No entanto, o seu comportamento, torna-se extremamente abusivo. O tio de Enzo, ao perceber que a Chelsea está em um relacionamento abusivo, acaba interferindo. O que ele não esperava, era se apaixonar por ela. Até porque ele é viúvo de 38 anos, que não possui planos em casar-se novamente. Mas os seus caminhos se cruzam, através de seu sobrinho inconsequente. Será que Thomas Hofstadter irá se render ao encanto da Chelsea Jones? “Pautas sérias exigem responsabilidade. Pesquisei e ouvi muitas mulheres. A violência doméstica jamais deve ser romantizada. A protagonista, intérprete de sinais em Nova Iorque, simboliza mulheres que dão voz a quem não pode gritar (SLS) No Reino de Deus, ninguém fica sem ser ouvido. ”
Leer más— Tudo bem. Não me envolverei nas suas questões pessoais — respondeu Ronald, aflito com a situação da amiga. Chelsea sempre foi uma mulher determinada, acostumada a conquistar o próprio sustento. Depender de outra pessoa era inadmissível para ela. Havia, inclusive, certa dificuldade em escutar conselhos. Quando fixava um objetivo, seguia até o fim, custasse o que custasse. — Por favor, Ronald — disse, com firmeza. — Eu sei que você se preocupa comigo, e agradeço por isso, mas peço que tente me entender. A verdade é que nem eu sei ao certo o que sinto pelo Enzo. Está tudo muito confuso. Nossas realidades são diferentes demais, e eu não vejo o mundo da mesma forma que ele. Sinto que ele tem dificuldade em assumir responsabilidades — até o próprio tio vive cobrando isso dele. Ele não transmite credibilidade, e dá para perceber que poucas pessoas realmente acreditam nele. Pelo pouco contato que tive com a família, parece que só o irmão ainda tenta dar uma chance ao Enzo... Confesso
Ao chegar à casa de Ronald, Chelsea foi recebida com um abraço apertado e um olhar genuinamente preocupado. Ainda abalada pelos últimos acontecimentos, deixou-se conduzir até o sofá da sala, onde ele já havia deixado uma manta dobrada e um café recém-passado sobre a mesinha de centro. — Fica à vontade, Chelsea. Aqui você pode respirar — disse ele, com um sorriso contido, mas acolhedor. Ela assentiu com um leve aceno, os olhos perdidos em algum ponto entre a dor e a exaustão. Havia muito em sua mente: o luto ainda recente, a pressão do desemprego, os traumas não ditos. Enquanto servia duas xícaras de café, Ronald tentou puxar assunto com delicadeza. — Você ao menos sabe por que o senhor Richard te mandou embora? — Provavelmente porque eu não saí com ele — respondeu com amargura. — O quê? — Ronald franziu o cenho, indignado. — Isso é assédio, Chelsea. Você tem alguma coisa que comprove isso? Mensagens, e-mails? — Não… nada. Ele balançou a cabeça e respirou fundo. — Que cara noj
[...] Mais um dia na empresa, e Chelsea organizava tudo como de costume. Apesar de não ter dormido bem, após uma madrugada estudando e ainda ressentida pelas palavras duras de Enzo dentro do veículo, ela não permitia que seus conflitos internos interferissem no trabalho. Sempre foi detalhista, minuciosa e dedicada — não era do tipo que se vangloriava, mas tinha plena consciência do próprio potencial. Ainda assim, algo perturbava seu ambiente profissional: o senhor Richard. Casado, ele frequentemente lançava indiretas desnecessárias, tornando o clima desconfortável. Naquela manhã, foi chamada até a sala dele. Richard a olhou diferente do habitual. Sentado em sua cadeira giratória, com um olhar prepotente e um leve sorriso nos lábios, fez um gesto indicando a poltrona à sua frente. — Pode se sentar. — O senhor precisa de algo? — respondeu Chelsea, mantendo-se de pé. Sua postura era firme, o tom profissional, e os olhos o encaravam com calma. Não daria margem para nenhum tipo de ins
O plano para limpar sua imagem diante do conselho virou contra ele. Caiu na própria armadilha, preso a um sentimento que mal sabia nomear, forçado a lidar com o “não” e os limites que Chelsea impusera.Para ele, levantar a voz com uma mulher era algo comum. Uma de suas facetas mais sombrias o revisitou, e Enzo sabia que seria difícil reverter o estrago. Ele havia caído. Ainda assim, tinha algumas cartas na manga.Sabia que Chelsea enfrentava dificuldades financeiras — e estava disposto a usar isso a seu favor. Ofereceria ajuda, sim, mas não por cuidado. Era controle disfarçado. Queria mantê-la por perto, dependente dele. Porque, para Enzo, se Chelsea não fosse dele, não seria de mais ninguém.[…]Ao entrar em casa, Chelsea permaneceu pensativa sobre o comportamento de Enzo. Tomou um banho longo, tentando lavar também o peso daquela situação. Depois, sentou-se para revisar as grades do curso de Medicina, mergulhando nos estudos com tamanha concentração que mal percebeu que já passava d
— Enzo, admiro os conselhos da Chelsea, mas, independentemente disso, vocês dois erraram. — Ele desviou o olhar, coçando a nuca, o desconforto estampado no rosto.— Pelo menos eu aprendi — murmurou, cruzando os braços em defesa. — E, além do mais, a Chelsea não gosta de armamento. Tenho certeza de que ela não faria nada. Sua voz soava firme, mas um tremor quase imperceptível escapava. Evitava o olhar, como se buscasse uma brecha para escapar da culpa.— Por que não atendeu o Thomas antes? A qualidade dos relatórios deve ser mantida.Enzo soltou um suspiro pesado, passando a mão pelo rosto, como se tentasse apagar o erro. Algo mudou em sua expressão.— Porque eu estava aproveitando a minha princesa… — disse, recostando-se, mãos enfiadas nos bolsos, um sorriso preguiçoso surgindo nos lábios. A culpa dava lugar à provocação. — Você acha que eu deixaria de admirar a beleza da Chelsea para atender o nosso tio? — Arqueou uma sobrancelha, desafiador. — Será que você faria diferente?Tyler riu
Thomas… — Anne o chamou, sonolenta. Havia cochilado após uma tarde intensa. Ele fez um sinal para ela esperar. Anne, que o conhecia bem, revirou os olhos, ciente da obsessão dele pelo trabalho. Sabia que ele não ficaria ali por horas, atolado em ligações, só porque ela estava presente. Ainda assim, levantou-se e caminhou pelo apartamento, despida, num claro ato de provocação. Chamou-o mais uma vez e, finalmente, ele encerrou a ligação com Tyler de forma prática. Voltou-se para ela, os olhos densos, ardendo com desejo contido e uma autoridade silenciosa que fazia o ar entre eles pulsar. Cada silêncio parecia dizer mais do que mil palavras. — Não quis acordá-la. Você havia pegado no sono — disse ele, com voz rouca, olhos fixos nos lábios dela, como se os estudasse. — Me beija — sussurrou Anne, sentindo um arrepio subir pela nuca, eletricidade na pele. — Seu pedido é uma ordem — murmurou Thomas, com um meio sorriso lento e calculado, consciente do efeito que causava. Pegou-a no colo
Último capítulo