155. A Melhor Família do Mundo
Três dias se passaram desde que descobrimos o sexo do nosso bebê. Desde que acordei Ettore de madrugada por figos, que estavam deliciosos.
Olho em volta, sentindo minha boca encher d'água enquanto olhos a mesa à minha frente.
Massas fumegantes, pão italiano, taças tilintando… O cheiro da comida é tão tentador que eu quase esqueço o porquê de estarmos aqui.
Quase.
Estamos prestes a contar o sexo do bebê e, honestamente, estou mais nervosa do que quando descobri o resultado.
— Liz, você está com uma cara estranha — Giulia aponta o garfo na minha direção, uma lasanha ainda espetada nele. — Parece que vai vomitar ou explodir. Ou os dois.
— Giulia! — Elena me dá um olhar protetor. — Deixe a menina comer em paz.
— Não, mamma, ela tem razão — respiro fundo e olho para Ettore, que me dá um sorriso encorajador enquanto corta o pão. — Na verdade, nós temos algo para contar para vocês.
O silêncio que se instala é quase cômico.
Max para de mastigar no meio de uma garfada, Chiara ergue um