A primeira noite com Aurora foi… interessante.

Entre mamadas a cada duas horas, as trocas de fralda e Ettore toda hora verificando se ela estava respirando, posso dizer que dormi talvez duas horas no total.

Mas valeu cada minuto perdido de sono.

Agora, pela manhã, observo-a dormindo no berço ao lado da minha cama, apreciando a realidade: sou mãe. Somos pais.

— Como se sente, piccola? — Ettore pergunta, vindo na minha direção assim que me vê acordada.

— Cansada, dolorida e completamente apaixonada — respondo honestamente. — E você? Conseguiu dormir alguma coisa?

— Quem precisa dormir quando pode ficar observando nossa filha perfeita respirar? — rebate, se aproximando do berço.

— Ettore, você vai ter que dormir em algum momento.

— Em algum momento — concorda, mas vejo que não vai ser hoje.

Aurora se mexe e abre os olhinhos antes de começar a resmungar.

— Alguém acordou com fome — comento, me sentando para amamentá-la.

— Igual à mãe — Ettore responde, sorrindo de orelha a orel